29 agosto 2006

Na Rota das Tascas

Inicio aqui hoje um conjunto de posts dedicados a um património fundamental e pouco divulgado da cultura nacional. A tasca.
Incompreensivelmente esquecida por tudo o que é roteiro turístico, estes verdadeiros templos, onde a frescura da medida certa de uma mini se mistura com a discussão da bola e o trago de um penalti convertido à primeira, fazem parte daquilo que de melhor temos.
E começo naturalmente pelo Zé. Note-se que outra das particularidades destes locais de culto é o facto de ninguém os conhecer pelo nome que têm na porta. Esse nome, que geralmente é escolhido pelas mulheres, varia entre nomes de flores (tulipas e rosas são as preferidas) e designações carinhosas de lar que em nada dignificam quem está atrás do Balcão a servir vinho a copo. Este, por exemplo, chama-se Ninho, mas nós perdoamos-lhe, é o Zé.
A imagem de marca do Zé é a presença assídua dos ovos cozidos em cima do Balcão sob uma cama de sal que os suporta. Para além dos tradicionais caracóis, pipis e moelas há o ex-libris da casa, a cabeça de pato frita.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não percebo...12 comentários (até agora) à tourada do SCP, e nenhuma à "Rota das Tascas"?! Ai esses antigos valores portugueses a perderem-se, meus amigos!

Anónimo disse...

Caro Besouro,
Acho louvável a sua iniciativa ao divulgar estes recantos incógnitos e abafados pelo sistema que protege o capitalista hamburger em detrimento do courato. Onde o imperialismo da cola suplanta o nacionalismo da imperial. Há que defender o tremoço contra a invasão do cajú. Abaixo o pint, ssomos pelo copo de três. Estou consigo besouro ansiando por novas revelações.