26 fevereiro 2007

Pérola ou Vergonha 6

Este tipo foi o maior. Era genial. Marcou uma época e uma geração. A minha.
Foi um dos meus ídolos. Cada programa era um jogo do Benfica. Imperdível.
A nova geração deve olhar para ele como eu olhava para o Camilo de Oliveira ou para o Badaró e isso é que é cruel. Porque este tipo foi o maior.
Devia sair em ombros. Estar de fora de toda esta guerra de novos talentos. Não devia jogar no mesmo campeonato mas razões que desconheço fazem com que continue na luta.
Tem um programa na SIC, Hora H, remetido para a madrugada de domingo como o Eusébio foi remetido para o Beira Mar.
Mas este tipo foi o maior e era genial.

Mais um candidato a capa da Bola

Outro que anda na rota das tascas. Deve ter descoberto o Luis.

16 fevereiro 2007

O jogo da minha vida

De visita ao blogue do D'Arcy tive conhecimento do nascimento de um novo espaço que pretende recordar os grandes jogos do Benfica. Ali pude assistir, finalmente, ao resumo daquele que é o jogo da minha vida.
Foi no final da época de 1990/91, o Benfica liderava o campeonato com um ponto de vantagem sobre o Porto, faltavam 5 jornadas para o campeonato terminar e ia às Antas discutir o jogo do título. Não haviam transmissões televisivas como há agora e estava um fim de semana invernoso. Apesar da chuva e do nevoeiro, o Estádio estava a abarrotar. Nós eramos pouco mais de 5 mil.
Vivia-se, nessa altura, os anos dourados da intimidação portista. Os jogadores eram insultados, os jornalistas agredidos, o Benfica equipou-se no corredor porque o balneário estava impestado de cheiro a bagaço, os flancos esquerdos eram inundados para que o Pacheco não conseguisse por a bola no chão e os fotógrafos dirigiam-se em massa para trás da baliza do Benfica
Conta-me um amigo, actual comentador da SportTV, repórter de pista na altura em trabalho para a Comercial, que a perseguição aos jornalistas do sul ou suspeitamente benfiquistas era de tal forma que era impossível assegurar, em condições de segurança, um trabalho sério, isento e imparcial.
Tudo o que era adepto que percorresse as imediações do estádio com sinais exteriores de benfiquismo era insultado e se fosse sozinho era perseguido e agredido. Já tive em vários estádios, em vários sítios mas nunca tinha sentido nem voltei a sentir um ambiente tão intimidatório. O mais parecido foi em Felgueiras contra o Guimarães em 2003. Mas longe, muito longe, daquilo que foi esta guerra de 91.

Mesmo assim, ou talvez por isso mesmo, o Benfica ganha de forma cruel. A 5 minutos do fim e com dois golos de César Brito. Isto depois de uma falta do Aloísio sobre o Pacheco dentro da área ter sido propositadamente ignorada pelo Sr. Carlos Valente. Mas isso, naquele tempo, até já era normal acontecer. Penaltys nas Antas contra o Porto era proibido.

O regresso a Lisboa foi em cortejo. Havia gente na auto-estrada com bandeiras e cachecóis. O Benfica tinha aumentado a vantagem para 3 pontos (naquele tempo a vitória valia 2 pontos) e era necessário perder 2 dos 4 jogos que faltavam para perder o título.

Depois disso houve outros grandes jogos. A ida ao Bessa há 2 anos também foi especial. Principalmente quando cheguei a Santa Maria da Feira para jantar e o trânsito estava parado tal era a quantidade de gente nas ruas a festejar o título. Mas aquele invernoso domingo de 91 foi, efectivamente, o jogo da minha vida.

11 fevereiro 2007

Histórico

A partir de hoje nasceu, em Portugal, mais um método contraceptivo. O aborto. Como pai de duas filhas fico feliz. Quando uma delas me chegar a casa com a consequência de uma noite de copos, de irresponsabilidade e de uma queca apetecível basta abrir os cordões à bolsa e resolver o problema. Que bom viver num país assim.

09 fevereiro 2007

É aqui, com vista privilegiada para o Tejo, que às sextas à noite se joga o melhor futebol do mundo.
Sem árbitros, sem dirigentes, sem faltas simuladas, sem penalties inexistentes, sem avançados a treparem pelas costas dos defesas. Só mesmo pelo prazer do futebol.