25 setembro 2006

Começa a faltar paciência

Eu já não digo mais nada...

A brincar, a brincar

O Paulo Jorge já é elemento indispensável no meio campo do Benfica. Não se via um jogador destes desde os tempos em que um tal de Vítor Paneira chega a titular do Benfica vindo de suplente do Vizela.

24 setembro 2006

Na Rota das Tascas 8

Ainda em Mafra, numa localidade chamada Alcainça, e mesmo junto ao desvio para a Carrasqueira e para a Quinta das Pegas, um local sempre a visitar, fica mais um monumento à cultura tradicional portuguesa. Uma tasca de beira de estrada onde o passado convive paredes meias com o presente. Aqui a tradição não é esquecida e, para além do sempre indispensável e quase obrigatório tributo ao Glorioso, que fica sempre bem em qualquer tasca, visível num bonito prato relógio, há duas placas fúnebres que imortalizam os fundadores da casa. Num primeiro e desatento olhar poder-se-à pensar que foram furtadas a um qualquer cemitério mas não. As placas, independentemente de terem sido produzidas por uma agência funerária, são genuínas deste local e adquiridas expressamente para aqui serem colocadas. A saladinha de orelha estava apetecível e só não foi provada porque do alto da mais elevada prateleira estava a tal guarda de honra, perpetuada nuns olhares inquisidores que convidavam a pensar duas vezes antes de algum movimento mais afoito.

Parabéns Zé

O meu amigo Zé Carlos mudou de casa. E para comemorar o evento convidou-me para um belo repasto na sua nova aquisição. Bem hajas Zé e parabéns pelo novo lar.

Na Rota das Tascas 7

O nome desta tasca tem algo de curioso. Chama-se Vitória Cadete e é tão somente o nome da senhora que está atrás do Balcão. Até porque Vitória e Cadete são dois nomes que não ligam bem entre si.
Certamente que todo o pessoal que trabalha no edifício das Finanças em Mafra deve conhecer esta tasca que, apesar do espaço exíguo, tem 6 lugares sentados e servia hoje uma bela feijoada confeccionada em fogão de campismo ou umas iscas cujo cheiro da fritura alastrava a todo o quarteirão.
Os contribuintes de Mafra poderão encontrar no vinho a copo servido de uma garrafa de litro e meio de água do Fastio a explicação para os eventuais erros no apuramento dos valores a pagar ou a receber na sua declaração de IRS.

18 setembro 2006

Na Rota das Tascas 6

A tasca do Álvaro é um corredor cuja dimensão depende do estado físico de quem o percorre. Pode ser longo ou curto consoante a capacidade física do atleta. Sim, porque aqui o esforço contínuo de levantar e baixar o copo vai deixando as suas mazelas e só uma preparação física adequada consegue manter o ritmo de jogo.
Fica na Venda Seca embora o nome do lugar não corresponda à divisa da casa. É, aliás, um insulto a quem se esforça por irrigar as goelas mais sequiosas.
A D. Irene, esposa do Álvaro, é quem faz as honras de um casa que tem meia dúzia de fregueses que pela sua fidelidade conseguem que esteja sempre à pinha. O Álvaro vai aparecendo, sempre que é solicitado ou quando as condições climatéricas e o estado de espírito o permitam.
Gostaria de chamar à atenção para a disposição das cadeiras em forma de anfiteatro romano. A mesa serve, tão somente, para pousar o copo e o braço. A decoração é típica da zona onde o chocalho assume um papel de destaque mesmo por baixo das garrafas de tinto de 5 estrelas. Há que colocar as coisas no seu devido lugar.

Garanto que não é perseguição mas aposto que o Braga hoje não ganha.

13 setembro 2006

Ambição

A qualificação para a segunda fase da Champions League consegue-se em 3 tempos, ou seja em 9 pontos.
Em termos práticos são 3 vitórias e hoje o Benfica desperdiçou a oportunidade de conseguir completar um terço do caminho.
Poder-se-à dizer que depois das incidências deste turbulento início de época era estratégico para a equipa não perder hoje. Só o futuro o dirá se hoje, em Copenhaga, a falta de ambição fez perder dois pontos ou ganhar um.
Mas a qualquer benfiquista mais do que o resultado desta noite o que realmente custou foi ver uma equipa completamente à deriva dentro de campo. Não há um jogador que consiga fazer um passe curto para a frente. O meio campo esconde-se atrás de uma enervante falta de categoria, ou quiçá de força, para assumir o jogo. E estamos a falar de um meio campo com um campeão europeu, dois vice campeões europeus e o Paulo Jorge. E não adianta dizer que a culpa foi do Paulo Jorge. Só porque é português? O Vítor Paneira era suplente do Vizela quando chegou ao Benfica para ser titular. Deixem jogar o Paulo Jorge.
Talvez tenha faltado aqui um maestro mas acho que faltou mais que isso. Faltou atitude, faltou autoridade, faltou assumir as responsabilidades, faltou assumir o favoritismo, faltou ambição, faltou coragem, faltou liderança. Ou se calhar somos nós que continuamos a achar que somos o melhor clube do mundo.
Lembro-me que o ano passado quando empatámos em Manchester também falámos em falta de ambição e houve quem pedisse a cabeça do treinador, na altura Ronald Koeman. Lembro-me que quando fomos a Paris jogar com o Lille e na equipa titular estavam 8 defesas falámos em falta de ambição e contestámos o treinador, ainda Ronald Koeman. Acabámos por perder em Barcelona e mais uma vez falámos em falta de ambição. Por tudo isto e por estar no clube mais exigente do mundo a tradição joga a seu favor Sr. Engenheiro. Mas que isto não se repita.

Haja coração

11 setembro 2006

Carta aberta ao Mister Augusto Inácio,

Ó Mister tenha paciência, até parece que você não andou por lá. Você que é “um homem do futebol”, que sabe bem o que lá se passa vem para a televisão dizer que foi roubado? Ó Mister o jogo de ontem foi contra a equipa do Sr. Paciência. E o Sr. Paciência foi um pupilo seu. Lembra-se dos tempos em que era co-adjunto do Sr. Robson juntamente com o Sr. Mourinho? E o Sr. Paciência não caía na área da mesma forma que o Songo caíu ontem? E o que é que o Mister fazia? Dizia que o Sr. Paciência era batoteiro? Que era um enganador? Claro que não. Ó Mister tenha calma. O campeonato ainda ontem começou e o Mister a falar desta maneira contra o Sr. Paciência arrisca-se a ir parar a onde veio. À Honra. Ó Mister são só 3 pontos e afinal o Sr. Paciência joga em casa. E o Sr. Paciência tem que ser ajudado porque está a dar os primeiros passos na primeira liga. E não pode perder 2 jogos seguidos senão o Sr. Bartolomeu devolve-o ao Sr. Costa e depois o que é que o Sr. Costa faz com ele? Já não tem equipa B. Ó Mister tenha calma. Você está no bom caminho. Se os Super Dragões fizeram a folha ao lampião do Jesualdo você tá lá. Agora insinuar que o Sr. Paciência foi ajudado pode fazer perder a paciência ao Sr. Costa.Comporte-se Mister. Faça de conta que não foi nada. Além disso ninguém viu. Estavam todos a ver a Floribella.
Atentamente,
O besouro

10 setembro 2006

O eucalipto 2

Lembro-me quando era mais miúdo (não sei se repararam no advérbio "mais" mas fica o parêntesis para os mais distraídos) de uma tira da Mafalda em que ela dizia, meio preocupada, "como é que conseguimos ir dormir descansados sabendo que existem 100 milhões de chineses que estão a acordar".
A verdade é que ainda existe gente que se está a borrifar para esses chineses e consegue aproveitar o sono dos justos. Haja ou não folhas de eucalipto.

Na Rota das Tascas 5

Se houver por aí alguém que conheça alguma tasca que utilize o estacionamento do passeio para colocar o grelhador respeitando a distância mínima para as bilhas de gás que diga já ou se cale para sempre.
Este é o Ramos, uma das melhores tascas de Massamá por dois motivos. Está aberta ao domingo e tem uma churrasqueira a funcionar em permanência no passeio.
Mas de que vale ter uma churrasqueira a funcionar no passeio se não se tiver matéria prima? E o Ramos tem. Não estou a falar de madeira nem de carvão mas sim de entremeadas, entrecosto e uns belos passarinhos daqueles que se apanham com ratoeiras.
O Ramos, não me perguntem o nome oficial porque não faço ideia, é a chamada tasca com uma estratégia one-to-one, em que a oferta é direccionada a cada cliente, estilo self service. Chega-se lá, pede-se o que se quer e tem-se a possibilidade de se temperar e assar a gosto. Mais piri-piri, mais sal, mais seja o que for, é chegar e pôr a assar. Porque a brasa está sempre a funcionar.

Passada de tractor

Ao deparar-me com esta foto relembro sempre, com saudade, uma frase de um visitante assíduo deste blog que, quando nos encontravamos ao fundo desta avenida, me dizia: "isto sobe-se sempre, metes a passada de tractor e é até lá acima". Eram exactamente 900 metros a subir e não é que ele tinha razão.

Pérola ou Vergonha 2 - Adam Curry

Éramos tão pequeninos e afastados do mundo que um apresentador de televisão tinha honras de vedeta.
O projecto TV Europa que a RTP2 transmitia durante as tardes, de segunda a sexta, começava às 16 horas com um programa chamado Countdown. O apresentador era um rapaz louro de nome Adam Curry que rapidamente se transformou em vedeta nacional. Chegou a fazer uma digressão por Portugal só para... dar autógrafos.
Mas a realidade é que só tinhamos 2 canais, a oferta escasseava, todos eramos obrigados a ver o mesmo e... em terra de cegos quem tem olho é rei.
Na altura o que se ouvia na Europa chegava cá enlatado 2 ou 3 meses depois. O Adam apresentava as últimas novidades da Europa, online, o que fazia dele um profeta, um visionário. As músicas que nos mostrava apareciam, como entradas directas, num qualquer top de uma qualquer rádio portuguesa mais de um mês depois de ele já as ter mostrado em "telediscos".
O Adam era, mais ou menos, um Robert Zemeckis que construira uma máquina do tempo e que viajava do futuro para nos contar como era, alguém que nos mostrava músicas como quem diz: "vocês um dia hão-de vir a ouvir isto". E a verdade é que ouviamos.
Como nós também este senhor evoluiu e actualmente é considerado o pai do podcasting, um método de distribuição de ficheiros multimedia, audio e video, para que sejam ouvidos e vistos em aparelhos móveis e em PC's. É verdade, quem diria. Este gajo. O puto loirinho que apresentava o countdown é um dos cérebros do ipod. E vá lá a gente adivinhar.

09 setembro 2006

Pérola ou Vergonha 1 - José Cid

Inicio aqui mais um conjunto de posts temáticos desta vez dedicado aos melhores anos da nossa vida e às suas memórias. Quer sejam pérolas ou vergonhas são marcas de um tempo em que vivíamos com 2 canais de televisão, sem internet, sem telemóvel e onde o último episódio de uma novela mexia mais com o país do que uma meia final do campeonato do mundo. Como foi possível sobreviver? E para começar nada melhor que o Rei. O Elton John da Chamusca, o homem que disse que “se o Elton John tivesse nascido na Chamusca não tinha tido tanto sucesso como eu” ou que “se o Rui Veloso é o pai do rock português, eu sou a mãe”. No dia em que a televisão começou a transmitir a cores, o Zé apareceu de preto com a palvra CID bordada na camisola e um casaco de napa cor de lagartixa para ganhar o Festival RTP da Canção. Estávamos em Março de 1980 e começava aqui uma década de ouro. Poemas como “Naquele tempo, tu vinhas de noite à procura de amor. E eu fumando um cigarro esperava por ti...” ou “Lá vai o Zé da Anita chegou a noite e o Zé lá vai, a Anita não é bonita mas acredita que a noite cai" fizeram dele uma das imagens de marca dos anos 80. Para muitos uma pérola, para outros uma vergonha mas é o Zé Cid, uma personagem incontornável do panorama da música portuguesa.

07 setembro 2006

Na Rota das Tascas 4

Eu bem me parecia que faltava algo nas tascas por onde andei...

06 setembro 2006

Onde estava este homem no 5 de Julho de 2006?

O caçador de Rio Cortiço

Rio Cortiço é uma praia cheia de particularidades, quiçá, um caso único no panorama costeiro português, facto que obriga a um segundo post.
Depois do caso do nadador salvador acampado num areal deserto há um bazófias que exibe na sua tasca, a tal da bela feijoada de búzios, um conjunto de fotografias com os seus principais troféus.
De todos os excelentes registos que pude observar, espalhados por toda a parede, destaco particularmente este que demonstra toda a sua capacidade pesqueira. Reparem bem que não estamos a falar nem de um nem de dois peixes mas sim de um cardume inteiro que exibe com orgulho e com um ar ameaçador, qual pugilista pronto a entrar no ringue.
Mais do que um pescador estamos na presença de um verdadeiro caçador de peixes, um terror dos mares, alguém para quem a vida marinha não tem segredos.
O que vale é que quando vem cá acima faz uma bela feijoada de búzios.

04 setembro 2006

Ai esta gente...

Poucas serão as localidades no nosso país que possuam um Rego Travesso onde se possa estacionar. E, nesse sentido, a Amoreira, uma pequena vila junto a Óbidos, está na vanguarda.
Para evitar que os automóveis e demais veículos estacionem junto às portas das casas, impedindo que os moradores possam entrar e sair livremente, a autarquia decidiu construir um parque de estacionamento que é a alegria da vila. Decerto que depois desta construção a vida na Amoreira nunca mais foi a mesma.

O nadador salvador de Rio Cortiço

A vida solitária de um nadador salvador numa praia perdida algures na costa oeste. Uma pequena praia entre a Foz do Arelho e Pedras d'El Rey.

O tempo aqui é agreste e o nadador salvador tem uma vida complicada. A bandeira está quase sempre vermelha e a praia é pouca frequentada. Para passar as longas horas de espera por um aventureiro que se atreva a desafiar um mar batido e traiçoeiro resta um ipod e uma pequena tenda.
Outras praias, outros verões.

01 setembro 2006

O maior

O original.
Tudo o resto são cópias... imperfeitas.

Na Rota das Tascas 3

Tive algumas dúvidas em colocar esta tasca no roteiro por uma simples razão. Tem uma esplanada com vista para o quartel dos bombeiros o que contraria e descaracteriza todo o conceito de tasca. A esplanada impede o convívio e não deixa que os clientes do lado possam participar na nossa conversa. Quebra o ambiente. Mas, pronto, consideremo-la na categoria de tasca de Inverno.
Ao contrário das duas primeiras, que se localizam em Massamá, esta fica no centro de Carnaxide.
Chama-se "O Lérias" embora quem esteja ao balcão seja uma senhora.
Os copos são gelados o que convida à quebra de uma das grandes tradições tasqueiras: beber a mini pela garrafa. Embora em termos de degustação a mini na garrafa seja inultrapassável existe aqui o fenómeno desfeita e como é uma senhora a servir há que manter a sensatez.
O espaço interior é exíguo o que promete momentos de grande calor humano nos fins de tarde frios de inverno.
Quanto ao petisco nada de especial a salientar. Vale, acima de tudo, pela simpatia da senhora que está atrás do Balcão.