17 novembro 2007

A pausa do campeonato

As pausas do campeonato são normalmente aproveitadas para retemperar forças e preparar-nos para os próximos embates.
Não deixando de dar razão aos críticos há, contudo, que reconhecer que, ultimamente, o Besouro tem feito um esforço significativo no sentido de diversificar a temática deste blogue. E, neste caso, aproveitando a interrupção do campeonato, procura desviar as atenções daquele que é o maior espectáculo do mundo.
É nestes momentos que a gastronomia alentejana assume um papel decisivo. Nomeadamente aquela caldeirada de cação bem apurada pelas ervas aromáticas únicas em que o alentejo é fértil e aquele coelhinho estufado que ajudaram a esquecer o castigo de 6 jogos imposto ao Binya.
Não deixando de condenar a entrada violenta, entre um trago do vinho da Amareleja e a contemplação de tão grandioso altar que nos cortava a luz do sol, fizemos apostas sobre quantos jogos levaria então Nedved por ter antecipado o fim da carreira de um jogador com a dimensão do Figo.
Mas, pronto, isso são contas de outro rosário que nem o licor de poejo, homónimo desse grande jogador mais um produto dessa escola de futebol ímpar que transforma gordos em modelos de passerelle, consegue dissipar.
Voltando a pôr ordem à mesa há que referir que os torresmos estavam divinais a medir pela velocidade a que voaram.
Resta-nos o desejo de que o campeonato volte depressa porque a manter-se este defeso deixa de haver cinto que resista.

15 novembro 2007

E agora?

Não é que abriram uma coisa destas mesmo aqui à frente?!? Que chatice. E agora? A quem é que me posso queixar?

E agora algo completamente diferente.

Para não continuar a insistir no futebol trago hoje uma situação interessante e que nos permite olhar para outras realidades que nos passam à margem quando estamos excessivamente distraídos com o futebol.
É o caso deste carro que transporta algumas imprecisões que merecem reflexão. A primeira é a inconsistência de dados. Se Salvador Candeias & Filhos são marceneiros desde 1947, como está lá escrito, por baixo dos Filhos, esses já devem ter nascido a pregar pregos. Ou então já morreram. Ou se não morreram já não têm idade para andar a conduzir.
Ou então apenas o Salvador e o Candeias é que podem usar o título de marceneiros desde 1947. Mas também eles já não têm idade para andar a conduzir.
Admitindo que o Salvador e o Candeias começaram na arte da marcenaria aos 18 anos (antes seria trabalho infantil e não seria correcto andar a publicitá-lo) já vão com a bonita idade de 78 anos. Já estão reformados, não devem conduzir e já deixaram de ser marceneiros.
Restam os filhos que não são marceneiros desde 1947 porque só nasceram depois. Ok, dirão vocês, lá está o Besouro a desconversar. O que conta é a data de fundação da empresa e não a experiência profissional dos filhos. Então, nesse caso, deveriam anunciar: Salvador Candeias & Filhos, marcenaria desde 1947.
Outra questão que fica por esclarecer é se existe um Salvador e um Candeias ou se são ambos a mesma pessoa. Poderá ser o Sr. Salvador Candeias ou o Sr. Salvador e o Sr. Candeias. Isto porque a vírgula não existe.
De qualquer forma depreende-se que sejam duas pessoas já que os nomes estão em cores diferentes. E sendo assim será que um era branco e outro preto. Se assim for os filhos são apenas do Salvador já que também são brancos. Ou será que um era do Guimarães e outro da Académica. Pronto, lá está o Besouro a fugir outra vez para o futebol.
Realmente há coisas interessantissímas que a nossa distracção não apanha.

14 novembro 2007

Esqueci-me do Demel

Ainda a propósito do poste anterior esqueci-me de referir o Orphée Demel, um costa marfinense de 18 anos, novo reforço da equipa.
Sei bem que não deve ser nada fácil para um miúdo de 18 anos chegar a um país completamente diferente daquele donde veio e afirmar-se mas se o Cristiano Ronaldo quando chegou ao Sporting o conseguiu este também o pode fazer.

13 novembro 2007

Algumas notas soltas

Foi um fim de semana em grande. 6-1 não é todos os dias embora me pareça que o Benfica já fez melhores jogos sendo que em alguns deles nem sequer ganhou.
Mas, enfim, há dias assim.
A nota mais importante é que, conforme tenho vindo a dizer, há qualidade nos jogadores e muita margem de progressão na equipa. Ainda não é o Benfica que se quer mas sente-se claramente que é um Benfica mais confiante. Mesmo quando sofreu o empate a equipa nunca se destabilizou. Em termos individuais Rui Costa continua a demonstrar ser um jogador de outra dimensão. Não só pela forma como trata a bola mas como assume o jogo, procura ter a bola no pé e pautar o jogo ao seu ritmo. Por isso é o verdadeiro maestro. O que sabe acelerar quando é necessário, que procura os desequilibrios quando tem oportunidade e como baixa o ritmo de jogo quando a correria começa a ser muita e ele próprio sente dificuldades em a acompanhar.
Outra nota positiva do fim de semana foi a vitória por 4-2 da equipa de júniores sobre os rapazes de Alcochete. Finalmente parece que o Benfica começa a conseguir formar equipas de juniores à altura da sua dimensão. E chamo à atenção para o rapazinho da foto. Chama-se Lassana Camará, ainda é juvenil, e pode vir a ser, caso queira, um jogador importante na primeira equipa.
Tem para já algumas vantagens relativamente a outros talentos recentes. Pelo corte de cabelo não vai precisar de tantas horas no cabeleireiro como o Djaló, não tem fisionomia que lhe permita ser cobiçado pela Fátima Lopes como o Veloso e não tem pele que permita brilharem tatuagens como as do Meireles.