17 dezembro 2007

O bigode

Uma das temáticas que me tem ocupado ultimamente tem sido a questão do bigode. Ou, para ser mais preciso, a falta dele. É um daqueles movimentos unidireccionais que, normalmente, não têm retorno. Aos poucos vemos desaparecer, mesmo entre nós, aqueles que eram os seus mais devotos seguidores. E, ao invés, não vemos ninguém que os possa substituir. É mais ou menos como a homossexualidade. Por cada um que se vai não há ninguém que o substitua. Malta que diga: “epá eu estou farto de ser homossexual e a partir de amanhã vou passar a ser hetero”. Do mesmo modo não se conhece ninguém que nunca tenha usado bigode e a partir de um determinado momento tenha tomado essa decisão. E esta temática tem-me ocupado porque há coisa de dois dias quando fui ao tasco do Xôr Zé deparei-me com uma situação que me fez questionar para onde caminhamos nós. O Xôr Zé tinha perdido o respeito a si próprio e vai de rapar o bigode. Agora reparem, quando um homem na casa dos cinquenta, careca do hemisfério norte, que serve mines e vinho à taça corta o bigode onde é que o Mundo vai parar? Num próximo poste continuarei com outra temática que me tem preocupado. O súbito desaparecimento do cabelinho à Santo António.

2 comentários:

Anónimo disse...

Já aqui tinha vindo ontem ler este poste, que achei merecer a nossa melhor reflexão, mas não o quis comentar antes de ver o que o Besouro, ainda tinha para nos dizer neste âmbito da "pelagem mamífera".
Realmente valeu a pena esperar um dia mais,por isto, pois num barbeiro à moda antiga, era costume perguntar-se ao freguês: Barba e Cabelo?(este barba subentende também, o bigode como é lógico...) e não só:Barba? ou Cabelo?, cabia então ao cliente a decisão se aparava ambos ou só um deles.
Assim sendo, percebe-se porque este tema só assim ficou completo, é que é sem dúvida alguma uma dicotomia.
Quanto ao facto do Xôr Zé(ex. dado), rapar o bigode, deveria realmente deixar-nos um pouco apreensivos, não tanto pela perca da sua "Macheza", do seu carisma, "Qui çá" mesmo dos seus e nossos valores patrióticos, mas mais pela alteração do sabor e outras características daquilo que costuma servir lá no tasco.
Pois é sobejamente sabido, que o homem pela sua natureza gosta de coçar várias vezes ao dia partes do seu físico, quando tem bigode afaga-o com orgulho e carinho e também o coça(lá está...), agora se já não o tiver o que é que ele vai afagar e coçar com o tal orgulho e carinho, pois é!..ora aí está.
Resta-me dizer que as mulheres também se gostam de coçar e longe vão os tempos em que usavam nos seus rostos (também com orgulho e distinção) os seus fartos buços, (agora não, agora depilam-nos!...), isto é realmente um flagelo, não admira que a ASAE ande por aí com alguma insistência.

Anónimo disse...

Caro Besouro, não páras de me surpreender. Compreendo que com a paragem do campeonato para férias de natal tenhas poucos temas para postar neste fantástico blog, mas... bigodes? Olha que o tema até é interessante e, como tal, deixo aqui uma questão: Será que vamos deixar de ver os famosos bigodes amarelos?