26 abril 2007

Na Rota das Tascas 16

Ao longo deste tempo em que me tenho debruçado sobre esse ícone nacional que é a tasca reconheço que tenho sido algo tendencioso sobrevalorizando a mine em detrimento daqueles que são a verdadeira alma da tasca. Nós.
Sim porque o que seria da mine se não fossemos nós a dar-lhe o devido valor. A mine, só por si, é um objecto inanimado e nós somos muito mais que isso. Embora, às vezes não pareça.
Um copo só faz sentido se for bebido. Esta é a grande verdade. E é neste sentido que o Besouro vai passar a estar mais atento àqueles que fazem da tasca a sua segunda casa. Ou a primeira.
Vou naturalmente continuar a dar a devida notoriedade às casas que nos albergam. Esta, por exemplo, fica na bela localidade da Amoreira, já aqui comentada há algum tempo e como tal sempre merecedora de uma segunda visita, e chama-se, como não podia deixar de ser, Café Central.
Mais que um café é um daqueles espaços que pretende dar o salto. Em bom português descaracterizar-se, em europeu modernizar-se, mas felizmente que nós estamos lá e por mais que este espaço queira passar a pastelaria, confeitaria, charcutaria ou snack bar, por mais que o balcão de pedra seja substituído por um alumínio de segunda, nós continuamos lá a dar-lhe a côr e o brilho que a verdadeira tasca merece.
E estamos ali para ficar. Viemos prevenidos. Com a ração no bolso dispostos a lutar pelo que é nosso.
Enquanto houver uma bifana de reserva e a mine não faltar não nos arredarão daqui. Em defesa do que é nosso.
Viva a liberdade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Olha lá ó Besouro...... conseguiste ver o que é que ele tinha no bolso??